quarta-feira, 30 de maio de 2012

PRESENÇA NO MUNDO


Lendo e dialogando os caminhos do mundo: Seminário Círculo de Cultura

Por [1]Pedro Miguel Muniz Junior



Em parceria com o Núcleo dos Profissionais de Serviço Social da região Serrana – NUPSS e o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS l – no município de Lages - SC no Bairro localizado no Bairro Popular na Rua Lauro Liz Costa (antigo Clube Popular) foi realizado o encontro do Seminário Círculo de Cultura – Método Paulo Freire.

O Seminário Círculo de Cultura é um estudo de caráter continuado que visa fortalecer a formação permanente dos profissionais em diversas áreas utilizando se do método, transversal, interdisciplinar e multiprofissional do educador: Paulo Freire sendo que a proposta é de realização de três etapas em três encontros em datas separadas; nos dias: 21 / 28 / Maio e 04 Junho.

O primeiro (1º) encontro foi estudado a Leitura do Mundo no qual os participantes do Seminário estudaram a história dos Círculos de Cultura – iniciativa pedagógica do educador Paulo Freire. Segundo a Coordenação do Seminário; esta etapa tem o objetivo de estar refletindo as conjunturas internacionais, nacionais e locais do sistema social contemporâneo.


O segundo (2º) encontro foi estudado os Temas Geradores: palavras geradoras, temas gerais e sua utilização como método político, ético e técnico que pode ser aplicado em qualquer área profissional, seja nas áreas da educação, assistência social, saúde e outras.


O terceiro (3º) encontro será à etapa final do Seminário; a Problematização. A partir da escolha do tema gerador: Questão Social e Instrumentos de transformação da realidade, tema escolhido e debatido pelos participantes do Seminário.

A proposta final do Seminário é a construção de documentos e instrumentos que facilitem utilizar o método Freiriano no contexto da realidade social do CRAS I. Segundo a coordenação do Seminário: a implementação do debate e dinâmicas realizadas nos encontros do Círculo de Cultura na apreensão do Método Paulo Freire: possibilita uma intervenção qualitativa e participativa na mobilização e formação continuada das pessoas envolvidos no diálogo e na reflexão de suas necessidades enquanto coletivo social. A multiplicação do Método Paulo Freire - MPF é outra perspectiva nestes círculos de cultura dentro da possibilidade de instrumentalizar as ferramentas técnica nas intervenções sociais dos grupos.


[1] Assistente Social CRESS 5553 – Participante do Encontro de Educadores Populares do Projeto Formação de Educadores Populares na Perspectiva Freiriana – Coordenadoria de Educação Popular – Instituto Paulo Freire.

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Serviço Social e as Políticas Sociais na Contemporaneidade: desafios para o tempo presente.


Por [1]Pedro Miguel Muniz Junior
INTRODUÇÃO:
O desafio do profissional do Serviço Social para o tempo presente é uma análise que devemos fazer no exercício de trabalho focalizando a qualidade do serviço com o tempo disponível que o profissional “reserva” para “pensar” a (práxis) neste trabalho.
Pois pensar o exercício de trabalho é pensar o Serviço Social no desafio do tempo presente, conforme IAMAMOTO (2005) em seu livro - O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional,  identifica:  “(...)os assistentes sociais são desafiados neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter seus meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida”(p.18).
O exercício profissional e o desafio atual no SUAS
No Evento:  “DEBATENDO POLÍTICAS SOCIAIS: Assistência Social em âmbito SUAS”  com a Palestrante: Professora PHD Maria Carmelita Yazbek  - no dia 16 de Março de 2012 às 19:30h no Auditório da Acil em Lages/SC – Yasbek: lembra a trajetória do SUAS na consolidação da Política de Assistência Social, bem como dos profissionais – trabalhadores do SUAS – na efetivação deste profissional.
A Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – aprovada e sancionada pela LEI 12435 de 2011 que no CAPÍTULO III Da Organização e da Gestão em seu parágrafo VII disponibiliza afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. Tem em seu Parágrafo único a definição da vigilância socioassistencial como um dos instrumentos das proteções da assistência social que identifica e previne as situações de risco e vulnerabilidade social e seus agravos no território. Sendo que os CRAS no inciso 1º desta Lei define os Cras como unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias, sendo que o Indicador de Desenvolvimento dos CRAS – IDC – bem como o Registro de informações mês nos CRAS e CREAS, embasado pela Resolução CIT nº 04 de 2011, são indicadores de financiamentos da União na qualificação dos serviços da Assistência Social nos municípios.
Assim o município, segundo a [2]Diretora de Gestão do SUAS/MDS, Simone Albuquerque (2011) orienta que a Vigilância Social seja instituída nos município, sendo que a União apoiará financeiramente o aprimoramento à gestão descentralizada dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, por meio do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Sistema Único de Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em regulamento.
Podemos a partir da consolidação do LOAS, instituída como Política de Estado, problematizar o exercício profissional com o tema: O Serviço Social e as Políticas Sociais na Contemporaneidade: desafios para o tempo presente.  A função do trabalhador social – assistente social na era do capital financeiro é entrelaçada pelo: desemprego, sobrevivência, exclusão social, questões sociais focalizantes para os; crianças e adolescente, jovens, mulheres, pessoas com deficiências, bem como para a temática: homofobia, luta antimanicomial, Reforma Psiquiátrica, inquirição de crianças e adolescentes, vítimas de violência sexual, Combate ao Abuso e à Exploração Sexual, Combate à extrema pobreza e segurança alimentar, Políticas de transferência de renda, Valorização dos trabalhadores e a qualificação da gestão, dos serviços, programas, projetos e benefícios, e a questão da sociobiodiversidade e tantos outros temas que são contemporâneos e “desdobrados” –lembrando Paulo Freire – nesta problematização. 
Assim sintonizar o Serviço Social nos dias de hoje – tempo presente – refletindo criticamente, conforme IAMAMOTO (2005); as repercussões do mercado de trabalho do assistente social e o aprofundamentos dos recursos teóricos, devem explicar o processo de trabalho em que exerce na profissão. “devemos romper com a visão endógena, focalista, uma visão de dentro do Serviço Social, prisioneira em seus muros internos”(Iamamoto, 2005, p.20). O assistente social hoje formula e participa das políticas publicas, bem como atua na gestão das políticas sociais. Este profissional deve romper – desafiando o tempo presente – o racionalismo abstrato na rotina institucional buscando apreender o movimento da realidade, abstraindo criticamente as tendências neoconservadoras: fatalismo histórico, onde a realidade já estaria definida na historia;  o messianismo profissional e outros “ismos” tecnicistas com áurea modernizante.
Compreender a questão social é mais que tipificar a questão social é entender a intervenção do Estado e a disputa que existe dentro dele. A atuação do trabalhador social deve ser embasada pelo seu código de ética profissional que demonstra a riqueza do trabalho e os âmbitos dos quais podemos atuar. Dentro das instituições governamentais, empresas e “terceiro setor”, onde atua no processo de reprodução da mão de obra com a política dos recursos humanos. Como trabalhadores assalariados, participamos da produção e redistribuição da riqueza social através das políticas publicas. “(...) tratar o serviço social como trabalho supõe privilegiar a produção e a reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das classes que vivem do trabalho(...)”(Iamamoto, 2005, p.25). Problematizar as questões sociais a partir do serviço social é o desafio que este trabalhador social tem de dar conta nesta dinâmica social, e tentar ser sucinto ao revelar formas de reversão destas questões.
Historicamente – no modelo fordista e taylorista – o modo de produção em massa onde o Estado entra como financiador do capital passando a liberar a renda para o consumo – estamos assistindo neste momento repetir-se esta época nos governos Lula-Dilma – Estado de bem estar social.   O estigmatizado terceiro mundo – governos de centro-esquerda onde o Brasil faz parte também, junto com outros “gigantes”: Índia, China, Russia - está aumentada sua produção com reajuste e políticas setoriais distributivas, já o “valorizado” primeiro mundo (EUA-Japão e Europa) existe uma brutal crise do modo de produção capitalista onde o mercado financeiro de um lado e a super produção do outro lado, brigam por especulação financeira e privatização dos “antigos” Estados do bem estar social.
Nesta breve análise da conjuntura histórica mundial é percebido as mudanças no mercado profissional do trabalho hoje em dia. Sendo um dos grandes desafios do trabalhador brasileiro, especificamente do SUAS. O assistente social sendo um destes trabalhadores sofre este desafio, sendo desafiado a operacionalizar benefícios para as classes trabalhadoras “expulsas” do modo de produção, sendo estas vulneráveis neste sistema de exclusão. Os assistentes sociais também são desafiados a produzir políticas públicas setoriais conjuntamente com um Estado que esta com as suas verbas retraídas e seus serviços encontram-se defasados a partir das políticas neoliberais, nas quais a responsabilidade social sai, em parte, do governo e passa a sociedade civil, onde passamos por uma refilantropização social em vários países.
Diante desta conjuntura internacional e nacional temos um Estado que tem responsabilidade pelo atendimento dos setores mais pauperizados e excluídos da sociedade. As privatizações também causam a desregulamentação das relações de trabalho e dos direitos sociais. É também às privatizações que fazem com que o custo da mão-de-obra no Brasil esteja entre os mais baixos do mundo. O Serviço Social de hoje sintetiza o desafio de decifrar os novos tempos para que deles se possa ser contemporâneo. Para isso é necessário um novo perfil do profissional; que deve aprofundar a análise dos processos sociais, criativo, inventivo, capaz de entender o tempo presente, os homens, a vida contribuindo para moldar os rumos de sua história.
Conclusão:
Rumos éticos-políticos do trabalho profissional
 O desafio de hoje é o de atualizar a prática, visando à questão social na atualidade, indicando perspectivas para abstrair o movimento societário. A categoria esta neste momento muito preocupada com estas mudanças e revivendo – nostalgicamente - novas tendências conservadoras dentro do Serviço Social, conforme (NETTO,1994) identifica em sua vasta obra. As políticas sociais permitem a redefinição e ampliação das bases de reconhecimento da profissão - caso não haja um aprofundamento teórico-metodológico, ético-político, técnico-operativo embasado na ruptura de tendências neoconservadoras, estas mesmas tendências  irão ocupar espaço profissional reafirmando práticas existencialistas e tecnicistas na profissão efetivando o pouco debate politico da questão social.
O mundo social é um mundo de relações, conforme Maria Carmelita Yazbek em  Os fundamentos históricos e teórico­metodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade, desafia a profissão:
“Efetivamente, os desdobramentos desta "crise" de referenciais analíticos, permeiam a polêmica profissional dos dias atuais e se expressam pelos confrontos com o conservadorismo que atualiza‐se em tempos pós modernos.”
A mesma autora lembra que nas últimas décadas, este trabalhador social, vem construindo uma cultura de direitos:
“E os assistentes sociais vêm, em muito, contribuindo, nas últimas décadas, para a construção de uma cultura do direito e da cidadania, resistindo ao conservadorismo e considerando as políticas sociais como possibilidades concretas de construção de direitos e iniciativas de “contra‐desmanche” nessa ordem social injusta e desigual.”
Para finalizar é necessário assinalar, embasados no Projeto Ético Político do Serviço Social, que o diálogo: amoroso, compromissado e crítico, compreende-se como uma estratégia de mudança na disputa do bom combate de ideias que transformem as estruturas excludentes da sociedade.  O exercício profissional é um bom campo para envolver-se e captar os reais interesses e necessidades destes interesses hegemônicos.
Não existe realidade sem utopias, não existe utopias sem o conhecimento da realidade.

Referencial Bibliográfico:
ANTUNES, Ricardo. A crise, o desemprego e alguns desafios atuais. Serviço Social e Sociedade [online]. 2010.
FALEIROS, Vicente de Paula. Serviço Social: questões presentes para o futuro. In: Sociedade e Serviço Social, Cortez, abril . N. 50. São Paulo, 1996.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional- 1ª parte – 9ª edição – São Paulo. Editora Cortez. 2005.
IAMAMOTO, Marilda V.; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. Esboço de uma interpretação histórico‐metodológica. São Paulo, Cortez Ed., CELATS (Lima‐Perú), 1982.

MÉSZÁROS, István. O século XXI: socialismo ou barbárie. São Paulo: Boitempo, 2003.
MOTA, Ana Elisabete. Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista. In: CFESS/ABEPSS. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social. São Paulo, Cortez, 1994.
_____. Transformações Societárias e Serviço Social ‐ notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. In: Serviço Social e Sociedade n. 50. São Paulo,
Cortez, abril, 1996.
YAZBEK, Maria Carmelita (Org). Projeto de revisão curricular da Faculdade de serviço social da PUC/SP. In: Serviço Social e Sociedade n. 14. São Paulo, Cortez, 1984.

YAZBEK, Maria Carmelita. SERVIÇO SOCIAL: Direitos sociais e competenciais profissionais disponível: 2_-_Fundamentos_historicos_e_teoricometodologicos_do_Servico_Social_brasileiro_na_contemporaneidade_.pdf acesso 21/05/2012

Palestra: “DEBATENDO POLÍTICAS SOCIAIS: Assistência Social em âmbito SUAS”  com a Palestrante: Professora PHD Maria Carmelita Yazbek  - no dia 16 de Março de 2012 às 19:30h no Auditório da Acil em Lages/SC


[1] Aluno do curso de Pós-Graduação: Serviço Social e Políticas Públicas da Universidade do Contestado – UNC.  Assistente Social membro do Núcleo Profissional de Serviço Social da região Lages - NUPSS – SC, Maio, 2012.
[2] Diretora de Gestão do SUAS/MDS, Simone Albuquerque (2011) orienta sobre a Vigilância Social

terça-feira, 15 de maio de 2012

Em defesa dos direitos sociais e da redução das desigualdades

Nesta terça-feira (15), comemora-se o Dia do Assistente Social. A data celebra o Decreto Federal nº 994, de 15 de maio de 1962, que regulamentou a profissão. O assistente social é responsável por orientar famílias, pessoas e grupos para acesso a benefícios e serviços socioassistenciais. Ele também desenvolve estudos e planejamento de políticas públicas.
“Suas atribuições são assegurar direitos à população e reduzir as desigualdades sociais. Toda atuação e intervenção visam mobilizar e organizar a população, fazer a leitura das situações de vulnerabilidade e risco e acessar direitos nas diversas políticas setoriais”, diz a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Denise Colin.

De acordo com o Censo Suas feito todo ano pelo MDS, dos 110 mil assistentes sociais que atuam no mercado, 23% são trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Para apoiar o aprimoramento da gestão e da qualificação dos serviços prestados à população, a presidenta Dilma Rousseff alterou a Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), no ano passado, permitindo que os cofinanciamentos federais para os serviços de proteção social básica e especial sejam usados para pagamento dos trabalhadores do Suas.

O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) regulamentou a utilização de até 60% do montante repassado pelo governo federal para pagamento dos trabalhadores concursados que compõem as equipes de referência. “Isso induz municípios, Distrito Federal e estados a promoverem concursos públicos e profissionalizarem a oferta de serviços e benefícios socioassistenciais, garantindo a qualidade do atendimento e a condição de cidadania”, assinala Denise Colin.

A área de assistência social é composta por profissionais como psicólogos, pedagogos, advogados e sociólogos, entre outros, mas os assistentes sociais são considerados fundamentais no Suas. A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do Suas (NOB/RH) instrui que, na composição das equipes de referência que prestam serviços de proteção básica nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e de proteção especial nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), deve haver obrigatoriamente o profissional do Serviço Social.

O MDS está investindo este ano R$ 27,3 milhões no Programa Nacional de Capacitação do Suas, o CapacitaSuas, para qualificar gestores, conselheiros e profissionais da rede socioassistencial que atuam no sistema.

Os assistentes sociais atuam também na iniciativa privada e nas comunidades, orientando sobre direitos da população nas áreas de saúde, previdência, educação e assistência social, entre outras.

A diretora do Conselho Federal de Serviço Social (CFSS), Lúcia Lopes, informa que o trabalho desses profissionais deve se pautar sempre pela ética, profissionalismo e respeito à população, a quem se destina o serviço. “Os assistentes sociais atuam na defesa e na ampliação dos direitos sociais. É fundamental reafirmar o compromisso na defesa das políticas públicas como instrumento de viabilização de direitos.”

Atualmente, 25.798 assistentes sociais trabalham diretamente no atendimento socioassistencial da população. São profissionais que promovem a inserção e a inclusão social da população mais pobre, vulnerável e vítima de violência em mais de 7.922 Cras e 2.155 Creas em todo o país.

Fonte: Ascom/MDS
(61) 3433-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Primeiro Encontro do Seminário Circulo de Cultura

Venha ai! o primeiro encontro do Seminário Círculo de Cultura-MPF (Leitura do Mundo).

se inscreva pelo e-mail: nupss.amures@gmail.com ou pmmjr12003@yahoo.com.br

Dados:
Nome, dia disponível, horário, local: temos dois locais provisórios: MidLages e Cruz de Souza

Participe!


O Nupss parabeniza a categoria pelo seu Dia 15 de Maio.


domingo, 6 de maio de 2012

Seminário Circulo de Cultura e Temas Geradores


                                                                                                              Por Pedro Miguel M. Jr. (assistente social)

O Método do Círculos de Cultura é um aplicativo de Temas Geradores que pode ser utilizado como prática social. Utilizando se de dimensões de pesquisa e dimensões educativas este método é fundamental na intervenção profissional do assistente social como instrumento substantivo de orientação estratégica do nosso trabalho dando coerência interna, sentido e perspectiva da dimensão metodológica da realidade.

"Serviço social de olhos abertos para a Educação: ensino público e de qualidade é direito de todos/as". Este é o tema das comemorações do Dia do/a Assistente Social de 2012, celebrado em 15 de maio. A ideia é fortalecer as lutas do Conjunto CFESS-CRESS em defesa de uma Política de Educação que ofereça ensino público, presencial, laico e de qualidade, em todos os níveis, para todos/as os/as brasileiros/as.

Assim estamos entendendo que o debate, em relação ao tema sugerido pelo Conjunto CFESS-CRESS em defesa de uma Política de Educação exige uma estratégia de comunicação que envolva implementar processos sistemáticos na dimensão metodológica no exercício profissional do assistente social.

Acreditamos que o Seminário Circulo de Cultura é uma oportunidade de fazer uma Leitura do Mundo e da Política Nacional da Educação. A partir desta apreensão, podemos especificar temas geradores que possibilitem problematizar o tema sugerido pelo conjunto Conjunto CFESS-CRESS em defesa de uma Política de Educação.

1 – O Seminário Circulo de Cultura

Objetivo Geral: Estudar o Método Paulo Freire

Conhecendo o método:

O Círculo de Cultura foi um termo utilizado pelo Educador Paulo Freire na década de [1]50 para alfabetizar em tempo recorde analfabetos. Este método pedagógico criado por FREIRE (2008) não tinha apenas este objetivo de alfabetizar; mas o de POLITIZAR.

Este Método possibilita que possamos, no exercício de trabalho e nas intervenções, aplicarmos estas ferramentas de pesquisa participante e dialógicas na identificação da realidade social (Leitura do Mundo). Possibilitando desdobrar qualquer tema. Problematizando estes temas geradores em perspectivas de encaminhamentos concretos e soluções coletivas.

A importância dos profissionais de Serviço Social estarem utilizando este método como instrumento de Conhecimento da Realidade (Leitura de Mundo – em defesa de uma Política de Educação que ofereça ensino público, presencial, laico e de qualidade, em todos os níveis, para todos/as os/as brasileiros/as. – e não um produto fetichizado), Criticidade na ruptura da pseudoconcreticidade (Temas Geradores – desmistificar Temas, conceitos, “verdades” ideológicas – Educação a serviço da formação e relação do Trabalho e Autonomia da classe trabalhadora, conforme o pensamento Marxiano), e a necessidade do(a)s Assistentes Sociais estarem  utilizando este método na Problematização destes Temas:"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".   "Serviço social de olhos abertos para a Educação: ensino público e de qualidade é direito de todos/as".

Relação com o tema alusivo as definições e estrito alinhamento do temário nacional:

Os Círculos de Cultura constitui-se em Espaços de Debate. Práticos. Teóricos e reflexivos. Constituindo-se em PRÁXIS: reflexão da realidade e prática laborial no MUNDO do trabalho e do Capital. A Educação como Mercadoria nestes espaços – círculos de debate – é criticada utilizando se de “temas de dobradiça” onde o Tema:

"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
É debatida de forma: crítica, presencial, dialógica e sistemática.

2 - Concepção Metodológica Dialética

A aplicação da concepção metodológica dialética nos Círculos de Cultura é o ponto de partida do processo de potencializar o debate em Santa Catarina, segundo orientação do CRESS 12ª Região apoiada na definição do temário nacional na programação alusiva ao Mês do/a Assistente Social.  

- Ideia-Força: Criar Processos de auto-formação com o TEMA: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".

Constituindo-se em um efeito multiplicador na utilização do método do Círculos de Cultura pelos profissionais do Serviço Social como instrumento de Práxis Filosófica, (repoduzindo o Debate sobre o Tema: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".)

A implementação de processos sistemáticos é o ordenamento da agenda proposta pelo Seminário dos Círculos de Cultura:
- Supondo articular o Tema Gerador: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".
- Multiplicação dos Participantes: processo de formação continuada do tema.
-O eixo temático: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".

- Quadro GUIA do Seminário de Círculos de Cultura

Tema Gerador: ,"Educação Não é Mercadoria: Assistentes Sociais na luta por uma educação pública, gratuita, laica, presencial, de qualidade e a serviço da classe trabalhadora".

Participantes: assistentes sociais e alunos na formação

Duração: 3 encontros (Seminários) divididos em 2h cada encontro (efeito multiplicador de Seminários) vários encontros com no mínimo 10 participantes e no máximo 20 part. Contabilizando ao final 10 participantes.

Dinâmica: Prática, teorização, prática (temas desdobrados, objetivos encaminhados, técnica utilizada no combate a Educação como mercadoria, material utilizado)

- Método MPF

- Leitura de Mundo:

(posicionamento e luta contra a mercantilização da educação e de todas as formas precárias de expansão, ao acesso ao conhecimento)

Temas Geradores:

(posicionado e lutado contra a mercantilização da educação e de todas as formas precárias de expansão)

Problematização:

1.       (Serviço Social de olhos abertos para a Educação: ensino público e de qualidade é direito de todos/as)

 [1] Experiência realizada em Recife constituiu se a primeira série de Círculos de Cultura em zonas populares.  (PADILHA, P. Roberto. O Círculo de Cultura na perspectiva da intertransculturalidade. Caderno de Formação. Org Escola Multimeios)

Fonte:
- Projeto formação de educadores populares. ORG Instituto Paulo Freire, 2008.
Conselho Federal de Serviço Social - CFESS Gestão Tempo de Luta e Resistência – 2011/2014